Resumo histórico
A fundação da Universidade do Chile, em 19 de novembro de 1842, respondeu à necessidade de modernizar o país, que, pouco mais de duas décadas antes, havia-se tornado independente do Império espanhol. Ela substituía a Real Universidade de São Felipe, estabelecida em 1738, e consolidava dois fatores essenciais para o progresso: um sistema democrático, com oportunidades de mobilidade social, e uma capacidade produtiva própria baseada na aplicação de ciência e tecnologia.
A Universidade realizou, durante seus primeiros anos, contribuições substanciais à educação, à organização institucional do país - como o "Código Civil", modelo para a América -, à construção de uma rede de transporte pública para integrar o território, e à infraestrutura energética e produtiva. Ela tem se ocupado também da saúde, das humanidades e das artes.
Os fundadores da Universidade, especialmente seu primeiro Reitor, o humanista Andrés Bello, propuseram-se a tarefa de dar ao Chile capacidade para incorporar novos métodos científicos e para produzir conhecimentos que iriam garantir a autonomia em temas econômicos, políticos, sociais e culturais.
A universidade cumpriu essa missão, tanto por meio da investigação e transferência de seus resultados, como pela formação de profissionais, especialistas e pós-graduados. Ela também abordou, desde o princípio, problemas nacionais de grande amplitude. A desnutrição infantil, a exploração do território e a prospecção dos recursos naturais, a extensão da soberania marítima nacional, o desenvolvimento florestal e da horticultura, os estudos geofísicos, a engenharia sísmica, entre outros.
A Universidade do Chile contribuiu para a formação das elites intelectuais e dirigentes do país. A maior parte dos presidentes da República foram estudantes nas salas de aula desta universidade, assim como outras figuras proeminentes da política, dos negócios e da cultura.
Patrimônio arquitetônico
A Universidade do Chile possui construções de alto valor patrimonial, que contribuem para a paisagem urbana e se transformaram em pontos de referência da cidade de Santiago. Entre eles estão: o edifício da Casa Central (1863), o Museu de Arte Contemporânea (1910), o Teatro da Universidade do Chile (1929), a Piscina Escolar (1929), a Faculdade de Direito (1937), a Faculdade de Medicina (1952), o Observatório Astronômico do Cerro Calán (1962), a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (1976). Entre as construções recentes, estão o Instituto de Comunicação e Imagem (2002), o Edifício de Tecno-aulas da Faculdade de Economia e Negócios (2005), os edifícios de Clínica da Faculdade de Odontologia (2006) e o Edifício dos Presidentes, da Faculdade de Direito (2007).